Gilles Deleuze
16 novembro, 2009
O Hábito de Sentar e Pensar e Pensar e Pensar e depois Levantar
Não é comum.
Não é fácil.
E é um processo. Com início, meio, meio, meio e fim.
Não dá mais pra viver nesse tempo.
02 novembro, 2009
Algo superficial sobre o pouco que sei das coisas
Acho que não entendi sobre tudo aquilo que foi mostrado.
Assisti “Frost Nixon” hoje. E pensei em muitas coisas. E pensei que nunca se pode saber de tantas coisas juntas, ao mesmo tempo. E vi que falar sobre isso é pior ainda. Se faltam palavras para dizer o que entendemos, quando não entendemos, dizer se torna ainda mais intraduzível.
São ações. O filme fala de ações. Mas não adianta buscar as ações no tema. O filme não fala de ações. Agir é extremamente comprometedor. Mostra aquilo que te impulsiona. Porque é mentira dizer que nos escondemos atrás da superfície. Que nossas ações nem sempre revelam o que nos acontece por dentro. Susan Sontag diz que “o mais profundo é a superfície”. Mentira. Não foi ela quem disse. Mas ela fala tantas coisas desse tipo que poderia ter sido uma frase dela. E eu não lembro quem disse. A gente nem sempre lembra das coisas, mas são elas que impulsionam nossas ações. E mostram aquilo que, muitas vezes, não queremos admitir. E dizemos que “o corpo esconde o que vai na alma”. Não. “O mais profundo é a pele”, como disse Paul Valéry.
01 novembro, 2009
Lá, onde não tem aqui. Mas desejando o contrário...
Estava do lado de fora.
"Trancada do lado de fora", como disse um sábio.
Estive escrevendo muito, fora daqui.
Me esgostei. Lá.
O lado de fora absorve...
Tudo o que tem dentro.
Agora entrei em casa de novo.
Um pouco rapidamente...
Vim tomar um banho,
Relaxar,
E pensar poeticamente!
Abastecida,
Volto pro lado de fora
Porque é lá que preciso viver
Apesar de saber
Que é dentro de casa
Que eu descanso e me sinto segura.
Para Gabriel Velasco.